24/05/2011

Dia Nacional da Adoção

Dia Nacional da Adoção terá campanha contra preconceito

 

Estudo aponta que das cerca de 29 mil crianças e adolescentes que vivem em abrigos no Brasil, apenas quatro mil estão aptos para adoção

 

Em comemoração ao Dia Nacional da Adoção, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e a ONG Aconchego - que há 14 anos trabalha pelo direito que toda criança tem de viver em família – lançam em Brasília uma campanha nacional para estimular a adoção de crianças que crescem nas instituições de acolhimento à espera de um lar. O lançamento da campanha "Adoção: família para todos" será nesta terça-feira (24), véspera da data oficial, em 25 de maio.

Preconceito e falta de informação são os principais empecilhos para que as crianças brasileiras aptas para a adoção possam ganhar uma nova família. Isso é o que revela dados do Cadastro Nacional de Adoção, uma lista do judiciário que mostra os números das adoções no país.

Dos cerca de 29 mil meninos e meninas que vivem em abrigos no Brasil, apenas quatro mil estão aptos para adoção. Desse total, aproximadamente a metade é de raça negra e 21% possuem problemas de saúde como deficiência física ou intelectual, segundo dados divulgados no último mês pelo cadastro. Além disso, mais de 80% dos pretendentes à adoção querem um único filho, enquanto mais de 75% das crianças abrigadas possuem irmãos.

De acordo com a presidente do projeto Aconchego, Soraya Rodrigues Pereira, a quantidade de crianças aptas para a adoção não corresponde à realidade encontrada nos abrigos. "Escolhemos essa data justamente para chamar a atenção da necessidade de tratar o tema como um direito da criança e não apenas para atender um desejo dos adultos. Normalmente, ainda se pensa em encontrar uma criança que se adapte ao filho imaginado pelos pais que se candidatam à adoção e essa criança idealizada é o inverso da realidade dos abrigos", diz.

Documentário - No evento, será exibido um documentário produzido pela ONG Aconchego em parceria com a Universidade Católica de Brasília (UCB). O vídeo mostra histórias bem sucedidas de adoções fora do padrão, que acontecem no país inteiro como a adoção de tardia (crianças acima de três anos), inter-racial e com necessidades especiais (deficiências diversas, soropositivas, doenças tratáveis).

O documentário também será disponibilizado na internet para os grupos de apoio à adoção de todo o país e veiculado em pequenos trechos em emissoras de televisão. Posteriormente, SDH e UCB produzirão peças publicitárias de conscientização para divulgar a campanha na TV.

Fonte: Secom, 23/05/2011.

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